terça-feira, 20 de dezembro de 2016

eu sou bem boa em disfarçar, eu disse. mas ele percebeu. e eu to aqui negando porque eu só consigo reconhecer quando já não dá mais pra disfarçar. porque eu não consigo admitir. porque eu tinha um plano, tive um plano a vida toda, e falhou. e teve toronto, que foi como estar escrevendo um texto e, por estar tão envolvida, não conseguir encontrar os problemas. e, depois de se afastar, respirar, limpar a mente, voltar com olhos frescos e enxergar os erros. foi o que eu fiz comigo. com a minha vida. e eu não gostei do que vi. de toda inércia, de tanto desperdício. de todo vazio. e teve ele. e eu voltei a me sentir viva. e como foi difícil voltar pro mesmo lugar com novos olhos. querer me sentir viva e livre e segura e, ao mesmo tempo, admitir que eu estava errada o tempo todo. de reconhecer que eu não sou nada, não tenho nada, não posso querer ser nada. eu preferia ter continuado morta e não saber.

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