domingo, 4 de dezembro de 2011

olha, sei nem por onde começar. encontrei uma parceira de crime, do tipo que faz pegação com garçom no banheiro. semana passada, fechamos o boteco - literalmente. ela foi embora com um garçom gatinho de camelo, eu fui pra casa na garupa de outro garçom gatinho. ser gatinho deve ser requisito básico pra trabalhar no bar, acho.

(eu tenho um ~que~ com garçom, se vocês não repararam. meu pai sempre diz que, se quiser ser bem servido numa festa, senta perto de mim. até o fim da noite, vou ser convidada pra festa de despedida de um, churrasco do outro. herdei isso da minha avó. reflitam.)

daí que, nesse final de semana, voltamos na baladinha sertaneja. e opa, open bar até as 22h pra mulher. e, claro, a gente tinha que aproveitar e consumir toda a caipirinha de maracujá, cuba e jurupinga em uma hora. tava tudo muito bem, tudo delicinha. garçom Luan Santana paquerando amiga, garçom Humberto Martins quase sentado na nossa mesa. faço o quê? anoto meu endereço pra Humberto Martins mandar a gente pra casa num táxi. porque, né, só podia dar merda. mas óbvio que eu não sossego com uma caneta na mão e dou meu facebook pras piriguetes da mesa do lado, enquanto elas contavam que já tinham pegado os carinhas da dupla sertaneja e davam detalhes da ~performance~. faltando 5 minutos pra acabar open bar, Humberto e Luan trazem mais duas rodadas de birita. juro, tinham uns 8 copos de caipirinha e uns 3 de jurupinga na mesa. 

e, de repente, amiga começa a GOLFAR na mesa, anunciando a tragédia. eu só lembro de mandar ela engolir e arrastar ela pro banheiro. pessoa interditou o banheiro. segurei cabelo, limpei calça suja de vômito, lavei o rosto. amiga sai de um banheiro e se tranca no outro. faço o quê? choro, claro. eu sou uma pessoa muito equilibrada. amiga passando mal e eu chorando. as fias do banheiro tudo tentando me acalmar. garçons desesperados tentando arrumar táxi. olha, eu mobilizei o bar inteiro nesse fiasco. finalmente o táxi chegou e eu saio carregando amiga no ombro. na saída, encontro menininho de 18 anos. e ele me deu um *ju* muito fofo. ai, gente. eu sou facinha. não me chama de ju que eu derreto toda. quando percebeu a situação, menininho se ofereceu pra me ajudar e acompanhou a gente até o carro. muito bonitinho. 

pois é. eu deveria estar levando menininho pra casa. mas tive que cuidar da amiga praticamente desmaiada. paguei o táxi e botei amiga na cama. (alguém me lembra de comprar um colchão inflável, por favor. to velha demais pra dormir no chão.) daí foi minha vez de abraçar o vaso. pessoa descontrolada, chorando, liga pro cara que deu um pé na bunda nela. vejam bem, eu conheço o roteiro. depois do episódio *partida de futebol*, eu apaguei os contatos de Patrick Swayze porque sei o tipo de bêbada que sou. pois eu consegui achar o número no registro das ligações. liguei às 3h da manhã. TRÊS vezes. acho que no fundo não estou pronta pra admitir que a sinastria amorosa do personare estava errada.

e, a maior ironia do universo, amiga acorda linda. vai embora viver a vida e eu fico estragada o dia inteiro. daí vou procurar dinheiro pro delivery e descubro que dei tudo o que eu tinha pro taxista. 30 reais num percurso de 10. prometi nunca mais beber nessa vida.

acordei olhando a programação dos botecos.

6 comentários:

  1. "herdei isso da minha avó. reflitam." - hahahahahah

    Baladinha sertaneja eh auto punição? risos... Vai ver foi isso, musica sertaneja, não goro, que fez sua amiga e você passarem mal!

    Estou brincando!

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  2. Luana,
    tá nos genes, não tenho culpa.
    e, olha, eu curto um sertanejo. canto de olhinho fechado, com a mãozinha no <3. não me julgue.
    um beijo:)

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  3. Quando eu não namorava, eu era a amiga que gorfava, e dei muito trabalho. Eu ia atras de carinha no banheiro da casa da amiga em churrasco, e carinha fugia descontrolado. E não acordava linda no outro dia, acordava estragada por completo. E sem lembrar de nada.
    Hoje eu só perco a memória, não gorfo mais. Hoje tem que cuidar do namorado né.
    =*

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  4. hahahaha gente. morri com você tentando bulinar menininho no banheiro.
    eu lembro de tudo, tudinho. perder a memória em alguns casos não seria tão ruim...;)
    um beijo.

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  5. Tô passando mal de rir com a história e os comentários...

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  6. Karine,
    eu também me diverti muito!
    um beijo.

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