quinta-feira, 4 de agosto de 2011

eu odeio meus vizinhos. especialmente duas bitches do andar de cima, que falam alto, riem escandalosamente. e tem aqueles gritinhos estridentes. ainnnnnn, taaammy, eu toám goooooardáaaaammm! aainn, pááaaaaaara, caroool. juro. o dia inteiro. todo. dia. (vamos ignorar o fato de eu estar em casa o dia inteiro.) já me peguei pensando que qualquer noite eu sairia da cama, de pijama, descabelada, e mandando geral sifudê. hoje foi a mesma coisa. aquele converseiro todo. daí eu ouvi minha vizinha da esquerda, uma japonesa pequenina, linda, falando no telefone com o namorado, debaixo da minha janela. eu já me irritei muito com isso. essa conversinha com namorado. (do mesmo jeito que me irrita ser acordada no domingo de manhã pela vizinha da direita, uma pirralha, transando com o namorado. ou ouvir o vizinho de cima tocando violão de madrugada ou o despertador do outro cara às 5 da manhã.) até que um dia ela tava contando o dia dela, no melhor paulistês, reclamando que todo mundo da turma dela tirou 10 e ela só tirou 8,5. meu, to triste, de verdade. aí eu me apeguei. quase saí lá fora e disse pra ela: dá aqui um abracinho, sua linda. e hoje ela tava chorando baixinho, daquele choro sentido, sabe. eu não vi quando ela entrou. estava aqui perdida nos meus pensamentos (devo desistir da disciplina de fonologia? será que eu me inscrevo no forró? gente, eles precisam para de cantar aquela besteira de "pentepentepente", não combina. ai, to com fome. mas será q..), e as bitches na maior putaria lá em cima. daí eu ouço a porta se abrindo, uns passinhos apressados na escada e a batida na porta. a linda da japonesa pediu pras meninas falarem mais baixo. sério, eu não faria com tanta classe. e o resto da noite foi uma beleza.

mas eu fiquei pensando nela. acho que hoje deve ter sido um daqueles momentos de dizer chega, cansei. tire a sua alegria do caminho que eu quero passar com a minha dor. gata, dá aqui um abracinho.

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