terça-feira, 9 de agosto de 2011

eu espero. a coisa rara e estranha e extraordinária que me é destinada. tenho passado dias, semanas, anos a fio esperando, prostrada. como John Marcher espera a fera à espreita na selva. imaginar e ansiar e desejar essa coisa que não tem nome me exaure as forças, me aniquila. me faz perder o ânimo para as coisas banais, me faz cega às pequenas transformações e revelações de todos os dias. porque algo maior me é reservado pelo destino. e o meu maior medo é envelhecer à espera, vendo os dias passarem. e não perceber que a coisa já aconteceu. e eu não reconheci. então estarei morta.

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