sexta-feira, 19 de agosto de 2011

de repente, eu me senti velha. como naquele filme antigo que a menina de 13 anos deseja ser uma mulher de 30. e, num passe de mágica, um dia ela acorda e, opa, 30 anos. bem bonitinho o filme. é como me senti. a diferença é que eu realmente tenho 30 anos. e não posso voltar aos 13. e nem é como se eu quisesse reparar os erros, como desprezar o grande amor da minha vida. porque a sensação é de que eu não vivi todos esses anos. eu olho pra trás e vejo grandes espaços em branco na minha linha do tempo. parece que eu estive inerte por um longo tempo. perdi bons anos da minha vida. e eu não consigo fazer planos a longo prazo. não porque eu não tenho planos. deus, eu tenho tantos! mas porque eu corro o risco de ficar esperando e ver a vida passar. como já aconteceu. então eu preciso pensar agora. agora, eu tenho muito trabalho, mas estou contente porque minha orientadora confia em mim. e, se eu não consigo visualizar meu projeto como um todo, coerente e preciso, ela vê. e eu confio nela. agora, eu consegui uma orientadora para meu trabalho de qualificação de área. e eu fiz de novo. bati na porta dela, com uma ideia na cabeça e disposição para aprender. perguntei se ela poderia e ela disse: adoraria! assim, com ponto de exclamação. penso que ela sabe que eu sei. agora, eu gosto de lutar. e cada músculo do meu corpo me diz que isso me faz muito bem. agora, eu não sei falar inglês. e acho que isso vai ser bem mais difícil do que eu imaginava. agora, eu não entendo o que estou sentindo. e, exatamente agora, estou triste demais pra tentar entender. 

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