segunda-feira, 25 de julho de 2011

eu estava chegando de viagem e peguei um táxi pra voltar pra casa. e, assim que eu entrei no carro, o taxista começou a falar. do tempo, do trânsito, de como é tudo tão caro. então ele contou a história dele. e, meu deus, quanto sofrimento! eu tentava achar as palavras pra dizer alguma coisa, mas o que ele me dizia tinha tanta dor, tanta mágoa, que eu mal podia respirar. quando chegamos, nos despedimos e ele se desculpou. pelo desabafo. ele tinha os olhos cansados, de quem já perdeu a fé. ele foi embora e eu fiquei ali, sentindo toda a dor daquele homem. e todos os meus problemas ficaram tão pequenos...

hoje eu queria aquele café. ouvir você falar sobre qualquer coisa, sorrindo. com as mãos dançando no ar. talvez você percebesse meus olhos nublados, minhas mãos aflitas. então você saberia que a dor é tanta que não deixa pronunciar. porque as minhas pequenas tragédias também doem. e você me deixaria chorar até perder as forças. até ficar vazia. aí eu poderia recomeçar.
hoje eu bem queria aquele café.

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