quarta-feira, 27 de julho de 2011

daí que eu cheguei do treino hoje super chateada. porque eu ri. eu ri quando ele pacientemente explicava uma sequência de golpes. eu ri como nas outras vezes. porque eu sempre acho que não vou conseguir. porque eu não tenho coordenação motora e sou desajeitada e tudo vai parecer sempre ridículo. eu não tenho controle sobre o meu corpo e sobre essa energia que ele pede pra gente descobrir e deixar fluir. e agora eu estou aqui pensando que ele pode ter se ofendido. pode ter achado um desrespeito. e eu estou aqui angustiada por isso. eu só queria dizer que eu vou sempre rir porque esse é o meu mecanismo de defesa. quando estou nervosa, quando estou brava, insegura, triste. eu rio. faço piada de mim. e me escondo. minha reação é não reagir. e então eu vou acumulando mágoas e rancores que eu não sei dizer. e acho que essas coisas estão despertando em mim, junto com essa agressividade que eu não sabia que tinha. e eu ainda não sei lidar com isso. não consigo pensar na hipótese de lutar. então eu rio. mas eu queria que ele soubesse que não é desrespeito ou deboche ou qualquer outra coisa. porque eu acho lindo o que ele faz, acho lindo a gentileza e a delicadeza de como ele faz. não é desrespeito. é só medo. e eu queria que ele soubesse disso. mas com certeza eu não vou conseguir dizer. então no próximo treino eu vou rir de novo. e não vou saber pedir desculpa. porque eu teria que pedir desculpa por aquilo que eu sou. mas eu queria que ele soubesse.

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